segunda-feira, 2 de maio de 2011

Piscicultura nos Vales do São Francisco e do Parnaíba


PROJETO INTEGRADO DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
CADEIA PRODUTIVA DE AQUICULTURA & RECURSOS PESQUEIROS

Oportunidade de Investimento em Piscicultura nos Vales do São Francisco e do Parnaíba

A CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é um órgão público, vinculado ao Ministério da Integração Nacional do governo brasileiro, que visa o desenvolvimento da região Nordeste por meio da Agricultura Irrigada. Sua área de atuação engloba os vales dos rios São Francisco e Parnaíba, que fornecem água de excelente qualidade para irrigação. O Vale do São Francisco ocupa uma área de cerca de 640 mil km2, enquanto o Vale do Parnaíba possui área de aproximadamente 330 mil km². Com potencial de 360.000 hectares de área para irrigação, a Codevasf já implantou 110.000 hectares, distribuídos por cerca de 25 perímetros irrigados. Outros 100.000 hectares serão implementados a partir de 2008.

O PENSA (Centro de Conhecimentos em Agronegócios da Universidade de São Paulo) e a CODEVASF firmaram convênio para a realização do Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis (PINS), envolvendo o estudo de viabilidade econômica para 10 cadeias produtivas para os projetos de irrigação na região dos vales dos rios São Francisco e Parnaíba.

Dentre essas, foi analisada a viabilidade financeira da produção e beneficiamento de tilápias na região do Vale do São Francisco, através do estudo qualitativo do seu sistema agroindustrial. Foi feita também uma breve análise mercadológica mundial e nacional, descrição da produção na região, bem como o seu beneficiamento, com análises de viabilidade entre exportação e venda ao mercado interno. Esses resultados foram elaborados comparativamente com os resultados que seriam obtidos em outra região produtiva, o noroeste do estado de São Paulo.

O beneficiamento tem como produto principal o filé, fresco ou congelado. Há também a possibilidade de aproveitamento de subprodutos, cuja utilização para o consumo humano tem aumentado em detrimento à utilização para subprodutos. Foi considerada a instalação de uma unidade industrial com capacidade de 20 toneladas de beneficiamento de peixe vivo por dia, operando 260 dias por ano. O modelo de negócio proposto parte da premissa de que a matéria-prima utilizada no beneficiamento será produzida em 25% pela própria empresa âncora e o restante será fornecido, com base em contratos, por um grupo de pequenos produtores coordenados diretamente por uma cooperativa, a qual teria o auxílio da empresa âncora para adequar a quantidade e a qualidade da produção aos contratos firmados com a própria empresa.

As análises de viabilidade financeira analisaram o projeto com 20 anos de duração e taxa de atratividade de 10% ao ano. Sabendo disso, os resultados com todos os investimentos, custos, despesas e receitas da empresa âncora, tanto na atividade aqüícola como na atividade de beneficiamento, consolidaram a TIR (taxa interna de retorno) de 22,33% e VPL (Valor Presente Líquido) de R$ 10.194.256, sendo que o valor do investimento seria de R$ 12.803.354.

Com a tendência do aumento do consumo de alimentos menos calóricos em todo o mundo, a carne de peixe tem se mostrado muito apropriada, também com grandes possibilidades de aumento de consumo no mercado interno, se mostrando uma excelente oportunidade de investimento.


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