domingo, 15 de maio de 2011

União Geral de Trabalhadores (UGT) promove encontro estadual em Porto Velho


13 de Maio de 2011 - 09:08
Representantes de 30 entidades representativas de trabalhadores de Rondônia participam no Hotel Vila Rica, em Porto Velho, da Plenária Estadual da União Geral dos Trabalhadores (UGT), iniciada na sexta-feira (13) e com término previsto para este sábado. A UGT, criada há três anos, é considerada a terceira maior central de trabalhadores do Brasil, depois da CUT e da Força Sindical, e congrega cerca de mil entidades em todo o País. Em Rondônia, onde atua há dois anos, a central conta com a adesão de 22 entidades que representam trabalhadores rurais, comércio, colônias de pescadores, extração de madeira e alimentação (frigoríficos e laticínios), entre outras categorias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Bens e Serviços de Rondônia (que representa os comerciários do interior do Estado), Francisco Lima, a Plenária Estadual da UGT conta com a participação de cerca de 100 sindicalistas de Porto Velho, Vilhena, Seringueiras, Cacoal, Ji-Paraná e Rolim de Moura. Também participa do encontro, o presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Francisco Pereira, mais conhecido como Chiquinho, que tem uma extensa bagagem como sindicalista.
Durante a plenária, os participantes fizeram discussões sobre as leis trabalhistas que tramitam no Congresso Nacional, com destaque para aquelas que tratam da redução da jornada de trabalho, da redução do período de férias e da suspensão do pagamento do 13º salário. Neste sábado será redigido um documento sobre as discussões ocorridas no encontro, o qual será apresentado na Plenária Nacional da UGT, que será realizada em São Paulo, de 14 a 16 de julho, com a participação de mais de 4 mil sindicalistas.

TILÁPIA GIFT


Resultados e Impactos Esperados
Para a tilápia GIFT é estimado um ganho de peso de 15% a cada geração melhorada. Espera-se que, ao final do projeto, tenham sido obtidas 4 gerações de tilápia melhoradas, o que significa um aumento de ganho de peso de 60%, garantindo a continuidade da atividade mesmo em ambientes onde estes agentes estão presentes. Para as espécies nativas, haverá uma grande inovação tecnológica, na medida em que serão desenvolvidas metodologias de melhoramento genético a partir da implantação de técnicas de criação que permitam a identificação individual dos animais, bem como estimativas de parâmetros genéticos individuais, com a utilização do Modelo Animal.
O desenvolvimento de novas linhagens mais produtivas provenientes de espécies nativas poderá contribuir para reduzir os impactos de introdução de espécies exóticas, pois as nativas podem se tornar competitivas o suficiente para eliminação de uso de espécies exóticas de alta produtividade bem como de híbridos inter-específicos, situação que ocorre atualmente. Estas linhagens superiores serão avaliadas sob as condições propostas nos distintos projetos componentes, visando à geração de técnicas e tecnologias biosseguras e com alto valor agregado.
No projeto componente nutrição, espera-se a obtenção de rações de baixo custo que atendam às exigências nutricionais das espécies selecionadas bem como ambientalmente corretas e capazes de promover um melhor desempenho produtivo, reduzindo igualmente os problemas patológicos e estresses causados por alimentação inadequada.
No componente sanidade, o conhecimento dos agentes etiológicos será essencial para traçar estratégias de controle e prevenção das principais doenças e desenvolver o uso de tratamentos ao combate dos agentes causadores da maioria das enfermidades bacterianas sem causar danos ao meio ambiente e resistência a quimioterápicos, assegurando alimentos mais seguros e aceitação pelo mercado internacional.
Ao mesmo tempo, um dos grandes objetivos é o estabelecimento de metodologias adequadas que darão subsídios para formação de uma rede nacional de laboratórios capacitados e/ou credenciados.
Espera-se também a integração e troca de informações com os demais projetos componente que propiciem a formulação de dietas balanceadas suplementadas com probióticos que aumentem a resistência dos animais à infecções bacterianas, com a implantação das boas práticas de manejo que reduzam e/ou impeçam a proliferação de patógenos, aliadas a espécies melhoradas geneticamente e resistentes a patógenos culminando na produção de pescado seguro e de qualidade.
No que tange ao manejo e gestão dos sistemas de produção, está proposta a formulação de metodologias e protocolos de pesquisa para análises de água, sedimentos, antibióticos, hormônios, metais pesados, pesticidas, e para a avaliação da comunidade bentônica, bem como métodos para a análise de desempenho de cadeias aquícolas, recomendações de BPMs para assegurar a qualidade do pescado e a segurança ambiental da aquicultura, e instrumentos de gestão ambiental e ações de transferência de tecnologias como subsídios à elaboração de políticas públicas e estratégias empresariais. Certamente, espera-se que tais respostas tragam sustentabilidade em todas as dimensões (sociais, econômicas, ecológicas e de conhecimento) para a aqüicultura brasileira. Em resumo, pretende-se obter: melhoria da qualidade dos efluentes dos sistemas de produção aquícola; reduzir os riscos de contaminação ambiental e dos produtos aquícolas; validar um indicador biológico de qualidade de água e integridade dos ecossistemas aquáticos; e implantar um modelo multiplicador para aumentar a competitividade e sustentabilidade dos sistemas de produção aquícola com base nas BPMs.
No que tange ao aproveitamento agroindustrial, a palavra chave é a rastreabilidade e conseqüentemente, a disponibilização de ferramentas para esta finalidade, o que será desenvolvido na presente proposta envolvendo aspectos da determinação da qualidade microbiológica e sanitária para o pescado in natura e produtos de pescado significativos no agronegócio de diversas regiões do Brasil. Serão também desenvolvidas tecnologias para aproveitamento dos atuais resíduos de processamento para redução da poluição/degradação ambiental, ao tempo em que se adiciona mais valor agregado à atividade como, por exemplo, fertilizantes e produtos farmacêuticos a partir do resíduo de beneficiamento do camarão, tecnologias para obtenção de produtos como silagem, óleo e farinha a partir de tambaqui, pintado e camarão. Neste aspecto haverá ainda um grande ganho através da capacitação e treinamento de novos profissionais na área, considerando que é uma área com massa crítica muito reduzida.

Nutreco Fri-Ribe lança linha de suplementos para piscicultura


27/04/2011 | Aquicultura
A Nutreco Fri-Ribe lançou no mercado brasileiro de piscicultura a nova linha Fri-Acqua de produtos que integram os programas nutricionais para peixes. São produtos direcionados para peixes onívoros e também específicos para a nutrição de tilápias. O anúncio foi feito pelo gerente nacional de aquicultura da empresa, Marcelo Toledo, durante apresentação técnica para produtores no Estado de São Paulo. Segundo Toledo, a escolha dos locais dessa apresentação se deve ao fato dos estados serem importantes polos de produção e criação de peixes em tanques-rede. Por esse motivo essas são também áreas estratégicas de atuação da equipe Nutreco Fri-Ribe em relação à aquicultura.

Fonte: DCI

PRONAF


Hoje em dia existem pessoas interessadas em todos os tipos de imóveis, seja ele em zona urbana ou até mesmo rural, na zona rural o que encontramos são mais sítios, chácaras, são itens dos quais as pessoas os qualificam mais para o lazer, ou seja, todo mundo adora passar o final de semana longe do tumulto da cidade, após uma semana intensa de muito trabalho não há coisa melhor do que um belo final de semana na zona rural bem longe da civilização.
Para quem almeja adquirir um imóvel na Zona Rural, existe um programa chamado Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar), uma cooperativa, mas uma cooperativa para famílias que pretendem seguir em rumos agrícolas. Se, caso você se adéqua a essa atividade que busca um imóvel na zona rural, a Caixa Econômica Federal trás ótimas possibilidades para quem se adéqua a este meio agrícola e busca um imóvel em zona rural, são facilidades e ótimas possibilidades em financiamento.
Mas também existem ótimas possibilidades as pessoas que buscam realizar financiamentos para imóveis rurais, as melhores e mais conceituadas empresas financiadoras, trazem possibilidades incríveis, das quais você possa conferir e analisar para saber se essas possibilidades possam se adequar ao seu bolso e então realizar um belo financiamento de imóveis.
Os bancos podem ser ótimas possibilidades como financiadoras, pois eles já estão acostumados a realizar essas atividades de financiamento, causando até mesmo uma ótima possibilidade em ajuda para seus clientes, pois a maioria deles traz ótimas possibilidades e facilidades quando trata-se de imóveis, seja ele em zona rural, ou também zona urbana. Eles visam mesmo a qualidade e a situação que seus clientes se encontram, para que traga sempre as melhores formas de financiamento para adquirir seu imóvel. Essa pode ser a sua melhor opção em compra, primeiramente para buscar a agricultura que pode ser uma ótima fonte de renda, e também para quem busca imóveis da zona rural como uma fonte de lazer, para se livrar da civilização para se divertir com a família, portanto não perca tempo e busque os melhores bancos dos quais podem lhe oferecer ótimas possibilidades em financiamentos.

Projeto Aquabrasil


A aquicultura é considerada como uma grande promessa para suprimir a lacuna existente entre a captura pesqueira mundial e a demanda por pescados, entretanto, necessita de um input de competitividade e sustentabilidade.
Sua estratégia é promover um salto tecnológico na aquicultura brasileira a partir do atendimento das principais demanda da cadeia produtiva com foco na obtenção de alevinos de boa qualidade via melhoramento genético, na oferta de rações ambientalmente seguras que promovam o máximo de rendimento zootécnico com redução da carga orgânica, na identificação e no controle sanitário integrados aos sistemas de produção e cujo manejo e gestão ambiental adotem Boas Práticas de Manejo (BPMs) para assegurar a produção de alimentos passíveis de processamento agroindstrial. O projeto AQUABRASIL conta com a participação de mais de 87 pesquisadores, 63 alunos, 16 Unidades da Embrapa, e também de várias universidades públicas e privadas, empresas de pesquisas federais e estaduais, nacionais e estrangeiras e, ainda, de institutos ligados às áreas de agricultura, aquicultura e meio ambiente.


Piscicultura é destaque de eventos técnico mercadológicos


A agenda de palestras e eventos da 47ª Expoagro continua durante toda a sexta-feira no auditório do Parque de Exposições João Humberto de Carvalho. As temáticas serão voltadas para os piscicultores, com o seminário, a “Consolidação da Piscicultura no Território”.
Entre os assuntos abordados durante o dia estará a gestão de propriedade rural, como empreender e maximizar os lucros em piscicultura, perspectivas de simplificação do licenciamento de piscicultura no Estado e em Dourados, prevenção de doenças no inverno, projeto estruturante da piscicultura para a região da Grande Dourados, manejo do cultivo do pintado, comercialização e finalizando, perspectivas de estruturação e comercialização do frigorífico de Dourados.
Ao todo, dez palestrantes ministrarão os cursos, que tem início às 7h e previsão para terminar às 18h. As inscrições podem ser feitas na hora e são gratuitas para os interessados em conhecer e atualizar-se no mercado da piscicultura.
A realização do evento está por conta da Agraer-MS, Embrapa, UFGD e Sindicato Rural de Dourados. Os parceiros para a promoção das palestras são a MPA, Sebrae, Seprotur, MS Peixe, Mar & Terra, Projeto Pacu, Câmara Setorial, Semac/Imasul, Semmam/Imam/Dourados.
Outras informações sobre os eventos técnicos – mercadológicos estão disponíveis para download no site do Sindicato Rural de Dourados, pelo endereço www.sindicatoruraldedourados.com.br.
13/05/2011 - 12:20
  








Piscicultura é debatida na 47ª Expoagro



Mato Grosso do Sul, Sábado, 14 de Maio de 2011 - 06:39
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Centenas de pessoas compareceram para o debate sobre piscicultura - Divulgação
Produção e comercialização da espécie tomam novas proporções com a implantação do frigorifico de peixes em Dourados
As palestras técnicas mercadológicas estão chamando a atenção do público na 47ª Expoagro. Nesta sexta-feira centenas de pessoas entre produtores, acadêmicos e empresários reuniram-se para debater a cadeia da piscicultura, uma atividade que está atraindo olhares de investidores.

Temas como a maximização dos lucros em piscicultura, manejo no cultivo do pintado, licenciamento da piscicultura e perspectivas de estruturação e comercialização do frigorifico de Dourados foram discutidos em palestras gratuitas no auditório do Parque de Exposições João Humberto de Carvalho.

Para o palestrante Alcemir Calazans, o mercado no ramo da piscicultura e a margem de lucro estão em uma crescente, já que as pessoas estão começando a mudar seus hábitos alimentares e o peixe é cada vez mais procurado.

Outro fator importante para o aumento do consumo de peixe é o incentivo que o governo tem dado. De acordo com Calazans, a implantação do frigorifico em Dourados impulsiona a produção e a comercialização da espécie. “Através dos incentivos dados pelo Governo Federal e a busca por novos hábitos alimentares, acredito que o consumo possa crescer cerca de 30%”, disse.

Daniele de Faria, 22 anos, é acadêmica de Zootecnia da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e vê o debate desse tema como uma ótima iniciativa para quem pretende iniciar as atividades, já que o mercado é promissor e a criação de peixes na região é viável

Já Tatiane da Cunha, 21 anos, conta que o dia de palestras possibilitou um novo olhar sobre a atividade e tirou o estigma da maioria das pessoas, que sempre olharam o campo bovino como mais lucrativo. “Para nós acadêmicos que estamos nos preparando para entrar no mercado, é importante conhecer um novo ramo pra investir”. Disse.

Calazans contou também que para se investir em piscicultura deve-se primeiro gostar do ramo, e antes de qualquer coisa, fazer um planejamento do negócio visando gastos, lucros, manutenção do campo e possíveis clientes.

Sobre as dificuldades que o piscicultor pode encontrar o palestrante citou a falta de conhecimento e também a falta de um frigorifico.

O evento foi realizado pela Agraer-MS, Embrapa, UFGD e Sindicato Rural de Dourados. Os parceiros para a promoção das palestras foram a MPA, Sebrae, Seprotur, MS Peixe, Mar & Terra, Projeto Pacu, Câmara Setorial, Semac/Imasul, Semmam/Imam/Dourados.

CERAQUA será difusor da tilápia GIFT no Nordeste


Por meio de uma parceria firmada com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), do Paraná, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (SEAP/PR) viabilizou a importação de espécies da tilápia GIFT, de linhagem geneticamente melhorada, para a propagação em todo o território brasileiro. Os exemplares foram escolhidos dos plantéis estudados pelo Programa de Melhoramento Genético da Tilápia GIFT (Genetic Improved Farmed Tilapia - Oreochromis niloticus), desenvolvido nas Filipinas. A Codevasf participa da iniciativa por meio do Centro Integrado de Aqüicultura e Recursos Pesqueiros de Alagoas (Ceraqua/AL), localizado em Porto Real do Colégio.
Segundo os pesquisadores, essa linhagem possui alto desempenho zootécnico considerando-se os índices de crescimento, reprodução, ganho de peso, rendimento de filet e maior rusticidade, sendo superior às demais espécies conhecidas.
Trabalho semelhante foi realizado no país em 2003, quando, por meio do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), a Codevasf introduziu em suas estações de piscicultura, a linhagem “Chitralada”, de alta qualidade.
A participação do Ceraqua/AL foi estabelecida pelo chefe do Centro, engenheiro de pesca Álvaro Albuquerque, com o professor da UEM, Dr. Ricardo Pereira Ribeiro, geneticista e diretor do Centro de Ciências Agrárias daquela universidade. Durante treinamento na UEM, o chefe do Ceraqua/AL selecionou três grupos genéticos de tilápia GIFT, cada um com aproximadamente 100 alevinos, que foram trazidos do Paraná e introduzidos no Centro.
“Os grupos de alevinos serão mantidos separadamente até atingirem a maturidade sexual, quando estarão aptos para reprodução, e só então serão realizados os acasalamentos para posterior distribuição dos lotes de tilápia, de alta pureza genética, para os centros tecnológicos em aqüicultura do Nordeste”, explica Albuquerque.
O plantel de tilápia GIFT oriundo das Filipinas, em desenvolvimento no Ceraqua/AL, vai permitir que o trabalho de melhoramento genético seja feito no Nordeste até 2010. A partir desse período, o Ceraqua/AL, através do trabalho que será desenvolvido na área de melhoramento genético pelos técnicos da Codevasf e pelo pesquisador da Embrapa, Dr. Carlos Alberto da Silva, passará a ser o próprio gerador dessa linhagem para toda a região.
Em recente visita ao Ceraqua/AL, o ministro Altemir Gregolin, da SEAP/PR, enalteceu o programa de melhoramento genético da tilápia a ser desenvolvido pela Codevasf em Alagoas.

BB libera R$ 500 milhões para agricultura tocantinense


13/05/2011 10h44
Reforma de pastagens degrada reflorestamento, compras de matrizes de gado de corte e leite, piscicultura e todas as demais atividades do agronegócio que são hoje desenvolvidas no Tocantins serão apoiadas fortemente com o crédito do Banco do Brasil, que disponibilizou na tarde desta quinta-feira, 12, R$ 500 milhões para serem investidos nas atividades da agricultura local. O dinheiro foi liberado através do contrato assinado pelo governador Siqueira Campos e o vice-presidente da Instituição, senador Osmar Dias.
Segundo o vice-presidente a assinatura faz parte da nova política do Banco. “O banco tem que participar mais do que já tem feito neste esforço de se tirar da pobreza aqueles que hoje não tem acesso ao crédito. Creio que o crédito hoje é uma forma bastante eficiente para se reduzir a miséria e a pobreza no campo e nós queremos ampliar o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) de forma significativa e queremos fortalecer a assistência técnica a estes produtores, que com assistência e crédito podem produzir mais e com mais eficiência e desta forma melhorar a qualidade de vida. Também queremos investir nas cidades, onde temos o empreendedor individual, com um número de famílias atendidas em torno de um milhão, e nós podemos avançar muito mais. Este é o nosso desafio”, afirmou.
 Sobre o documento assinado e a liberação do recurso durante a reunião, Osmar Dias explicou. “Aqui nós assinamos um protocolo de intenções para que o BB opere inicialmente R$ 500 milhões em diversos programas, em especialmente o programa ABC que é a agricultura de baixo carbono, então qualquer agência do Banco do Brasil o agricultor poderá acessar a uma linha de crédito”.
“Estamos mais apoiados financeiramente e o que não funcionou em oito anos, vai funcionar agora. Daremos condições a todos que tem vontade de trabalhar, no desenvolver dos seus projetos”. Assim o governador Siqueira Campos definiu a importância do valor liberado pelo Banco e acrescentou que o recurso “evita que pessoas fiquem sem condições de produzir, pois apoio aos micro e pequenos empreendedores é importante”
Juros
Segundo o presidente da Agência de Fomento, Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira “os juros aplicados sobre os valores financiados serão os de crédito rural, inferiores aos praticados no mercado financeiro, pois o objetivo é fomentar o crédito rural e a prospecção de negócios no setor agropecuário tocantinense”. ( Da assessoria)

Audiência pública com a ministra da Pesca


13/5/2011 - 08:27:00  
O aumento da produção de pescado de forma sustentável e o estímulo ao consumo interno do produto estão entre os objetivos do Ministério da Pesca e Aquicultura, que espera impulsionar os empregos e a renda na área, bem como garantir maior participação do pescado nas exportações brasileiras. A afirmação foi feita pela ministra Ideli Salvatti, que participou, nesta quinta-feira (12), de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
O requerimento para a audiência pública com a ministra da Pesca, Ideli Salvatti, foi feito pelo senador Acir Gurgacz, presidente da Comissão de Agricultura. O senador destacou o enorme potencial do País e, principalmente, da Amazônia para o desenvolvimento da atividade pesqueira e da aqüicultura, no entanto os investimentos no setor ainda são tímidos.
O senador aproveitou para cobrar investimentos do Ministério da Pesca em Rondônia, em especial na construção de um porto pesqueiro em Porto Velho, e no apoio à organização da cadeia produtiva da piscicultura no Estado, com incentivo às cooperativas e associações rurais.
Apesar de seu extenso litoral e de possuir 13% da água doce de superfície do planeta, o Brasil ocupa apenas o 21º lugar na produção mundial de pescado, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mencionados pela ministra.
Os brasileiros consomem cerca de 10 quilos de pescado per capita por ano, enquanto a Organização Mundial de Saúde recomenda de 12 a 14 quilos, ressaltou Ideli. Em países como a Espanha, exemplificou Ideli, o consumo chega a 45 quilos. Mesmo com o baixo consumo e com grande potencial para a atividade pesqueira, observou a ministra, aproximadamente 25% do pescado comercializado no país é importado.
Meio ambiente
Na avaliação do presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o País precisa explorar o potencial de pescado da Amazônia. Ele ressaltou, no entanto, que o desenvolvimento da atividade deve ser feito com a preservação do meio ambiente.
A construção de uma política de piscicultura Brasil é uma tarefa difícil, argumentou o senador João Pedro (PT-AM), uma vez que envolve questões internacionais, ambientais e econômicas. Porém, para ele, é preciso que o  País discuta o assunto e estabeleça uma política para o setor.

Orçamento
Ideli Salvatti informou que o orçamento do Ministério da Pesca e Aquicultura é de cerca de R$ 500 milhões, dos quais R$ 200 milhões foram aprovados por meio de emendas parlamentares. Com os cortes orçamentários, o ministério disporá de R$ 414 milhões para investimentos.
Para conseguir cumprir as metas, disse a ministra, serão feitas parcerias, especialmente com governos estaduais. Ela explicou que o licenciamento ambiental para projetos de aquicultura é atribuição dos estados e que, por isso, vai visitar os governadores para pedir uma flexibilização na liberação das licenças.
O senador Ivo Cassol (PP-RO) defendeu a autonomia dos estados para legislar sobre práticas de pesca. Ele disse que cada unidade da federação conhece sua realidade e pode impedir práticas danosas ao meio ambiente, como a pesca predatória.
O Ministério da Pesca e Aqüicultura prevê ainda parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com outros países, como a Noruega, grande produtora de pescado.
Autor: ASSESSORIA
Fonte: O NORTÃO

terça-feira, 3 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novo secretário prioriza Agricultura Familiar

 05/04/2011 - 10h40    
À frente da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) há uma semana, o secretário José Domingos Fraga, durante este período, tem participado de várias reuniões para conhecer a atual estrutura técnica da Sedraf que conta com três vinculadas: Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), além de três adjuntas: Agricultura Familiar; Agricultura, Pecuária e Abastecimento e adjunta de Desenvolvimento Regional (MT Regional).
Por ser engenheiro agrônomo e ex-extensionista rural da antiga Emater, o secretário sabe da importância de investir no fortalecimento da agricultura familiar, por meio da assistência técnica e extensão rural. Por isso uma das prioridades é a revitalização da Empaer com a construção de um novo prédio e a realização do concurso público. “Com estes investimentos será possível garantir qualidade de vida e renda ao pequeno produtor rural.
Com a incorporação do Programa MT Regional à Sedraf, a Secretaria ganhou mais uma ferramenta para garantir o fortalecimento da agricultura familiar, por meio das cadeias produtivas. “Vamos priorizar algumas cadeias em especial como a de piscicultura, ovino-caprinocultura, bovinocultura-leiteira, biodiesel e fruticultura para acompanhar mais de perto todas as etapas, desde implantação até a industrialização”, destaca o secretário.
“Vários trabalhos estão sendo realizados pela Pasta desde capacitação técnica, cursos, investimento no melhoramento genético para aumentar a produção e qualidade do leite no Estado. A instalação de agroindústrias em vários assentamentos de Mato Grosso, construção de tanques de pisciculturas, investimento de programas de irrigação, patrulhas mecanizadas para garantir o escoamento de estradas. O intuito é potencializar os recursos financeiros e o material humano.
De acordo com o secretário, dia 12 de abril será realizada uma reunião no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com entidades do Ministério de Desenvolvimento Agrário( MDA), Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) a fim de levantar as demandas do Governos do Estado e Federal a fim de viabilizar os projetos em conjunto para a realização dos mesmos. "Desta forma as ações serão intensificadas, terá menos custo e maior eficácia devido sua integração”, garante o secretário.
Entre os demais parceiros que estão envolvidos nos projetos da Secretaria dando total apoio, são a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Universidade de Mato Grosso (Unemat), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e todas as Secretarias do Governo do Estado.

Piscicultura nos Vales do São Francisco e do Parnaíba


PROJETO INTEGRADO DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
CADEIA PRODUTIVA DE AQUICULTURA & RECURSOS PESQUEIROS

Oportunidade de Investimento em Piscicultura nos Vales do São Francisco e do Parnaíba

A CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é um órgão público, vinculado ao Ministério da Integração Nacional do governo brasileiro, que visa o desenvolvimento da região Nordeste por meio da Agricultura Irrigada. Sua área de atuação engloba os vales dos rios São Francisco e Parnaíba, que fornecem água de excelente qualidade para irrigação. O Vale do São Francisco ocupa uma área de cerca de 640 mil km2, enquanto o Vale do Parnaíba possui área de aproximadamente 330 mil km². Com potencial de 360.000 hectares de área para irrigação, a Codevasf já implantou 110.000 hectares, distribuídos por cerca de 25 perímetros irrigados. Outros 100.000 hectares serão implementados a partir de 2008.

O PENSA (Centro de Conhecimentos em Agronegócios da Universidade de São Paulo) e a CODEVASF firmaram convênio para a realização do Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis (PINS), envolvendo o estudo de viabilidade econômica para 10 cadeias produtivas para os projetos de irrigação na região dos vales dos rios São Francisco e Parnaíba.

Dentre essas, foi analisada a viabilidade financeira da produção e beneficiamento de tilápias na região do Vale do São Francisco, através do estudo qualitativo do seu sistema agroindustrial. Foi feita também uma breve análise mercadológica mundial e nacional, descrição da produção na região, bem como o seu beneficiamento, com análises de viabilidade entre exportação e venda ao mercado interno. Esses resultados foram elaborados comparativamente com os resultados que seriam obtidos em outra região produtiva, o noroeste do estado de São Paulo.

O beneficiamento tem como produto principal o filé, fresco ou congelado. Há também a possibilidade de aproveitamento de subprodutos, cuja utilização para o consumo humano tem aumentado em detrimento à utilização para subprodutos. Foi considerada a instalação de uma unidade industrial com capacidade de 20 toneladas de beneficiamento de peixe vivo por dia, operando 260 dias por ano. O modelo de negócio proposto parte da premissa de que a matéria-prima utilizada no beneficiamento será produzida em 25% pela própria empresa âncora e o restante será fornecido, com base em contratos, por um grupo de pequenos produtores coordenados diretamente por uma cooperativa, a qual teria o auxílio da empresa âncora para adequar a quantidade e a qualidade da produção aos contratos firmados com a própria empresa.

As análises de viabilidade financeira analisaram o projeto com 20 anos de duração e taxa de atratividade de 10% ao ano. Sabendo disso, os resultados com todos os investimentos, custos, despesas e receitas da empresa âncora, tanto na atividade aqüícola como na atividade de beneficiamento, consolidaram a TIR (taxa interna de retorno) de 22,33% e VPL (Valor Presente Líquido) de R$ 10.194.256, sendo que o valor do investimento seria de R$ 12.803.354.

Com a tendência do aumento do consumo de alimentos menos calóricos em todo o mundo, a carne de peixe tem se mostrado muito apropriada, também com grandes possibilidades de aumento de consumo no mercado interno, se mostrando uma excelente oportunidade de investimento.


AL possui um dos melhores centros de pesquisa em aquicultura

08h20, 27 de Fevereiro de 2011
 Marcelo Amorim/Assessoria
CERAQUA é referência para estudantes e pesquisadores, que buscam com seus estudos recompor a ictiofauna do São Francisco. Pouca gente sabe, mas Alagoas detém um dos mais importantes e mais bem equipados centros de pesquisa em aquicultura do Brasil.
Trata-se do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, conhecido como Ceraqua São Francisco. O local já é referência para estudantes e pesquisadores, que buscam com seus estudos recompor a ictiofauna do São Francisco, assim como buscar caminhos para a recuperação e preservação do rio.
Inaugurado em março de 2010, no município de Porto Real do Colégio, o Centro é resultado de parceria do governo do Estado, Ministério da Pesca, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf – superintendência de Alagoas), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O trabalho de pesquisa deve contribuir decisivamente para a recuperação do São Francisco, principalmente na região do chamado Baixo São Francisco, que fica justamente em Alagoas. Este trecho é uma dos mais prejudicados pela ação do homem, principalmente com a construção das hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó, que afetou diretamente o leito e a vazão natural do rio.
Com apenas um ano de funcionamento como CERAQUA, o Centro já passa por processo de ampliação, com a construção de novos tanques, passando de 13 para 16 hectares de área total. Além de equipamentos de última geração, utilizados nas pesquisas, o local dispõe de auditório, alojamentos, estação de tratamento de água, laboratórios e até uma fábrica de ração.
De acordo com Eduardo Motta, engenheiro de pesca da Codevasf e coordenador do projeto de implantação do Ceraqua, o Centro conta atualmente com uma equipe multidisciplinar, composta por engenheiros de pesca, zootecnistas, médicos veterinários e biólogos, que buscam avanços como melhorar a qualidade dos peixes para consumo humano, a identificação de espécies ainda existentes no São Francisco, entre outros aspectos.
“Os trabalhos desenvolvidos no Centro estão formando uma rede na área de genética. Muitas instituições já estão de olho nos resultados e realizam também pesquisas no local, a exemplo da própria Embrapa e da universidade de Valência, na Espanha, que busca acordo de cooperação internacional com o Brasil através do Ceraqua. Este é um exemplo positivo que Alagoas dá ao país”, assegura o coordenador.
Para a professora Denise Pinheiro, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, está comprovado que o Baixo São Francisco é o trecho que mais sofreu com a ação do homem, fato que reforça ainda mais a necessidade de ações para a recuperação do rio. “O trabalho de pesquisa que desenvolvemos é uma maneira de darmos uma resposta à sociedade, no sentido de contribuir para frear a degradação do rio”, afirma a professora doutora, que iniciou estudo no Ceraqua, há sete meses.
“A gente sabe que a ictiofauna do São Francisco está degradada, mas até que ponto? Precisamos de respostas para isso”, reforça o engenheiro de pesca Álvaro Albuquerque, chefe do Ceraqua. No Centro, mais de 30 pessoas estão envolvidas nas pesquisas que, segundo ele, devem se somar aos estudos realizados em outros pontos do Estado, que vão desde a foz, em Piaçabuçu, até Piranhas, no alto Sertão.
As pesquisas
Os estudos desenvolvidos atualmente no Ceraqua incluem a identificação da variedade de peixes ainda existentes no Rio São Francisco, incluindo espécies nativas e introduzidas, também chamadas de exóticas, ou seja, vindas da bacia de outros rios e até de outros países, a exemplo da conhecida Tilápia, trazida do Rio Nilo, na África. O trabalho visa justamente identificar até que ponto está a degradação do rio, a partir do conhecimento da quantidade e tipos de peixes e apresentar soluções para a questão.
“Existiam catalogadas mais de 200 espécies no Rio São Francisco, que foram reduzidas com o tempo e a ação do homem. Nós detectamos até então apenas 40 espécies entre nativas e exóticas”, assegura Álvaro Albuquerque, chefe do CERAQUA.
Em outra linha de estudo, a doutora Denise Pinheiro avalia a qualidade dos peixes através das enzimas digestivas. No laboratório de enzimologia do Ceraqua, ela trabalha com uma equipe de estudantes e pesquisadores desde a fisiologia até questões como o impacto da poluição e o estresse provocado nos peixes e que terminam afetando diretamente no desenvolvimento das espécies. O trabalho conta com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
“Na prática, buscamos identificar como os peixes estão neste trecho do rio São Francisco e se são bons para a alimentação. Trabalhamos a qualidade dos peixes. O Ceraqua é um centro muito importante para a região. Se a gente consegue um diagnóstico bom e propostas para melhorar, só tem como desenvolver a região”, enfatiza a pesquisadora.
Benefícios
Os principais beneficiados com os projetos do Ceraqua em Alagoas devem ser os moradores ribeirinhos, principalmente os que vivem da pesca, além dos produtores e da população como um todo. Somente no perímetro irrigado de Itiúba são aproximadamente 800 criadores de peixes. Em todo o Estado estima-se que existam mais de 2.600 pescadores filiados a colônias.
Muitos deles já desfrutam das ações promovidas através do Centro, como é o caso do produtor Augusto Dantas Lima, que mantém um tanque na região de Itiúba, em Porto Real do Colégio. Com a experiência que já possui, ele decidiu cultivar a espécie Xira, por ser mais rentável economicamente. “Já vieram dois compradores aqui”, diz ele, animado com o preço médio de R$ 5 o quilo da espécie. Outra vantagem da Xira é que ela se alimenta da vegetação no próprio tanque, enquanto as demais necessitam de ração, considerada o principal gargalo para os produtores da região e que chega a representar até 80% no custo de produção.
“Trabalhar com peixe é um negócio rentável. O peso maior está no custo da ração. Outra dificuldade que temos é a criação de canais de comercialização, para que possamos evitar os atravessadores”, declara João Roque, presidente da Associação dos Piscicultores de Itiúba. Pelo menos na questão da ração, os produtores da região devem colher em breve novos resultados, a partir das pesquisas feitas na fábrica de ração do Ceraqua.
Histórico
O Ceraqua surgiu do projeto do perímetro irrigado de Itiúba, iniciado pela Codevasf ainda nos anos de 1970 e que teve como primeiro foco a geração de emprego e renda através do peixamento de açudes e barragens. Na década seguinte, a companhia procurou avançar tecnologicamente e deu início à criação de viveiros de peixes e à contratação de engenheiros. Foi nesta época que também aconteceu um acordo de cooperação técnica do Brasil com a Hungria na área. A empresa fez parte da ação e assumiu como compromisso repassar os conhecimentos pelo país.
“Por conta da tecnologia absorvida da Hungria e com a implantação do perímetro de Itiúba, que na época já estava entre os centros mais importantes do país, a piscicultura se tornou ainda mais rentável. Este é um dos grandes feitos da Codevasf”, conta o engenheiro de pesca Eduardo Motta, coordenador do projeto de implantação do Ceraqua.
Após a consolidação do perímetro irrigado de Itiúba, a mais nova etapa resultou na criação do Ceraqua, em 2010, em parceria com o governo do Estado, Embrapa e Ufal. Com isso, além da produção de alevinos, o Centro iniciou trabalhos em pesquisa aplicada, prestação de serviços, capacitação e produção, unindo de forma compartilhada ciência e tecnologia a serviço da sociedade, principalmente dos moradores ribeirinhos do Baixo São Francisco.
Fonte:Agência Alagoas

PREÇO DA RAÇÃO NÃO ESTÁ PARA PEIXE

18 de Fevereiro de 2011
Apesar de o consumo de peixe ter aumentado, o produtor sofre com perdas, segundo o Senar/ES
Por Fernanda Coutinho (fcoutinho@eshoje.com.br)
A pesca e a aquicultura são meios de subsistência para 540 milhões de pessoas, o que significa 8% da população mundial. No ano passado foi consumida uma média de 17 quilos de peixe por pessoa, em todo o mundo. Os dados são do relatório da organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Grande parte do peixe vem da aquicultura, que cresce a taxa anual próxima de 7%. Mas, apesar desse consumo ter crescido, nem todos os produtores rurais estão comemorando. Os custos da produção - principalmente da ração - estão muito altos. É o que afirma o o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar/ES), Neuzedino Assis.
"O que sobra é muito pequeno. O forte, no Espírito Santo, é a tilápia. Quando o produtor consegue vender acima de R$4,00 o quilo do peixe, começa a ter rentabilidade. Se vende na faixa de R$ 3,00, já está 'empatando'", observa Assis. Existem no Estado cerca de 570 aquicultores que desenvolvem a atividade para lazer, comércio ou subsistência, de acordo com dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
As associações de piscicultores e pescadores no Estado são responsáveis por cerca de 350 toneladas/ano de produção de Tilápia. Estão nos municípios de Linhares, São Mateus, Aracruz, Serra, Anchieta, Boa Esperança, entre outros. Somente a Associação Capixaba de Aquicultores, que envolve cerca de 12 municípios e 40 associados, produz anualmente mais de 140 toneladas/ano. Grande parte de sua produção é proveniente de viveiros escavados.
Para o superintendente do Senar/ES, uma dificuldade é quando o produtor precisa arcar com os custos do processamento, o que faz com que a margem de lucro caia muito. "O volume de tilápia comercializado in natura é pequeno. Hoje, o filé está universalizado. É preciso três quilos de peixe para conseguir um quilo de filé de tilápia. Nos restaurantes, esse filé é vendido a R$14,00", destaca Neuzedino Assis.
Alternativas
A ampliação da compra direta, nos municípios, pelo poder público é uma possível solução para diminuir as perdas do produtor. Além disso, superintendente do Senar/ES, Neuzedino Assis, acredita que pesquisas que possibilitem uma alimentação em um valor mais acessível são uma necessidade.
A zootecnista do Incaper, Glaucia Praxedes, informou que no caso da alimentação da tilápia, existe uma experiência de compostagem de resíduos deixados por galinhas e outras produções na área onde está localizada a psicicultura. Nesse caso, a compostagem é feita e fertilizada na água, nascendo espécies de algas, e a tilápia se alimenta dessas algas, mas também precisa da ração. A experiência obtida em Linhares, mostra a redução dos custos com ração na psicicultura.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do Incaper, os produtores rurais são assistidos por dois programas o PAA e o PNAE. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), responsável pela alimentação dos alunos do sistema público de ensino.
Análise
O coordenador do Centro de Estudos e Análises Econômicas (CEAE-FUCAPE), Cristiano M. Costa, destaca que os preços dos alimentos estão subindo no mundo inteiro. O principal componente é o crescimento das economias emergentes, mas também alguns choques climáticos (chuvas intensas e/ou secas) em várias regiões do mundo. O milho ainda sofre com o fato de se muito usado para produzir Ethanol, principalmente nos EUA.
"As commodities vem aumentando de preço desde o último verão americano (Junho). Os preços dos insumos seguem essa tendência, já que são subproduto ou o destino final da produção de milho. O milho é uma commodiite internacional, não há muito o que fazer. É a lei da oferta e da demanda. O milho e a soja impactam na cesta básica dos consumidores. Mas, para a dona de casa eles são substituídos por outros alimentos como o aipim, por exemplo. Já o produtor não tem muita escolha", observa o economista.
Cristiano M. Costa destaca que a tendência dos preços das commodities é que eles continuem subindo ou se estabilizem nestes níveis atuais (que são muito altos historicamente) enquanto as economias dos BRICs
(Brasil, Rússia, Índia e China) continuem crescendo.

Piscicultura recebe investimentos do governo.

Para comprovar que os investimentos no setor de piscicultura estão a todo vapor no Acre, o governador Tião Viana participou na manhã de sábado de um workshop sobre criação de peixes.
Além do governador estavam presentes o secretário de Comércio e Indústrias, Edvaldo Magalhães, e o secretário de Agricultura e Pecuária, Mauro Ribeiro, entre outras lideranças do Estado.
O diretor do Projeto Pacu, Jaime Brun e o técnico do projeto, Martin Halverson, ministraram palestras explicando como funciona o projeto que investirá R$ 40 milhões no setor da criação de peixes no Acre.
Entusiasmado com as perspectivas que começam a tomar forma no Acre, Tião Viana afirmou que o projeto será uma parceria público-privada, onde o governo entrará com investimentos de R$ 20 milhões e os empresários com os outros R$ 20 milhões, totalizando R$ 40 milhões.
“O governo quer fomentar um projeto que gere R$ 350 milhões por ano na produção de peixes e precisa da força de trabalho dos produtores rurais. Já tem muito trabalho, mas agora o que a gente precisa é ampliar. Eles vão entrar com a outra metade desse projeto que é o Complexo Industrial que o governo vai estar junto com eles, executando, e a partir daí nós vamos ter a ração da melhor qualidade do Brasil, produzida aqui com o aproveitamento do couro, de todos os subprodutos, até o filé do peixe”, detalhou o governador.
De acordo com análises técnicas, a margem de lucro do peixe é de 30%. Isso, segundo Tião Viana, representa mais de 25% superior em termos de quantidade à renda do gado. 
Tião ressalta que todas as regiões do Estado que estejam aptas para a criação de peixes devem participar desse projeto.
“Bastar ter água. E o Acre inteiro tem muita água, luminosidade e um ambiente natural que permite o bom desenvolvimento do peixe”, observa.
RO terá Secretaria da Pesca, garante Confúcio.
Um dos assuntos em pauta na reunião foi a criação de uma Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura. De acordo com a ministra, a secretaria daria agilidade e garantiria retorno de mais recursos para o Estado.
“Alguns estados já criaram a secretaria e com essa estruturação puderam garantir mais recursos. Quando se tem uma estrutura, também se tem políticas focadas. Mas não há necessidade de ser uma grande estrutura”, explicou Salvatti.
O governador Confúcio Moura disse que a ideia é bastante válida e que o Estado irá fazer um estudo para analisar a possibilidade da criação de uma secretaria com foco no setor pesqueiro, tendo em vista que Rondônia é um dos maiores produtores de peixe em cativeiro da Amazônia.
A piscicultura rondoniense teve início de forma amadora e aos poucos vem adquirindo estrutura profissional e competitividade, graças aos investimentos dos produtores, do governo do Estado e demais parceiros.
“Hoje tem espécie cujo custo da ração gira em torno de 70%. Estamos fazendo um estudo para desonerar a ração do peixe e precisamos de parcerias para promover também a exoneração tributária, porque o ICMS pesa muito.
Muitos estados são isentos desses tributos ou têm taxas baixas,” disse a ministra, que completou dizendo que, “a pesca só poderá ser mais avançada quando dermos o mesmo tratamento que é dado à carne bovina e de frango”.
Produtores entusiasmados
O produtor José Ivan Barbosa que trabalha no setor de piscicultura há aproximadamente 25 anos, comemora esse investimento no setor da pesca e disse que produtores abracem essa chance. “Hoje nós temos um Estado que tem apenas 15% da sua floresta derrubada e a piscicultura pode continuar mantendo essa preservação, essa floresta de pé, porque a piscicultura freia esse desmatamento, freia o uso de agrotóxicos. Com isso mantemos a água limpa, com um ph bom. Por isso, temos tudo para dar certo”, ressalta.
Ivan Barbosa disse que dá para viver de pesca no Acre, principalmente se comparar o preço de um quilo de peixe que varia entre R$ 7 a R$ 8 e de uma carne que chega a R$ 5.
O produtor Ivan conta que antes desses investimentos do governo ele transportou para São Paulo 300 peixes vivos, em tanques, até a cidade de Mococa. Em São Paulo os peixes se reproduzem em estufas, por isso, ele destaca que o Acre tem as melhores condições para a criação, pois aqui os alevinos são criados em açudes.
De acordo com o governador, o produtor que quiser participar desse projeto deve procurar primeiramente uma associação ou sindicato rural e entrar fazendo parte como empresário de porte médio ou grande. Podem se associar na Secretaria de Indústria e Comércio, na Secretaria de Produção e Agricultura Familiar e na Secretaria de Agricultura e Pecuária.


Nova fase para o Acre
Segundo o secretário de Comércio e Indústria, Edvaldo Magalhães, o complexo industrial será administrado pela iniciativa privada e o governo será o indutor do negócio.
“Para ser o indutor nós vamos proteger os pequenos empresários e abrir as portas para os grandes empresários. Vamos ter participação de cooperativas, de associações e a participação individual do produtor. Cada um conforme a sua potencialidade, o seu espelho d’água a possibilidade de investir recursos”, explica Magalhães.
Na avaliação de Edvaldo Magalhães, essa parceria entre empresários e governo deve inaugurar uma nova fase para o setor comercial do Estado. “Com isso, será construída uma nova etapa dos negócios do Acre, onde não apenas o governo se comporta como paternalista, mas onde o governo faz o investimento e chama também para apostar no negócio aqueles já estão na iniciativa privada”, analisa o secretário.
As pretensões de mercado para esses peixes que são produzidos no Acre, de acordo com Edvaldo Magalhães, vão “além-mar”. Os planos são de exportar para o Brasil e para mercados americanos, europeus e ainda, da Ásia. “Mercado não é problema para a piscicultura”, avisa.
Outra proposta do governo, revelada por Tião Viana, é assim que os peixes entrarem na fase da filetagem, que ele seja incluído no cardápio da merenda escolar. O governador ressalta que isso será benéfico à saúde das crianças “porque o peixe é um dos melhores alimentos em proteínas”.
Apoio à pesca deve ser ampliado, defende Marinha Raupp
O fortalecimento de toda a cadeia produtiva da pesca foi defendido pela deputada Marinha Raupp (PMDB), durante visita da ministra Ideli Salvatii, em Rondônia. A parlamentar pediu a desoneração do negócio da pesca e a ampliação do apoio às colônias de pescadores e ressaltou o compromisso do governador Confúcio Moura com o setor pesqueiro no Estado de Rondônia.
A deputada fez um resgate histórico da atividade pesqueira em Rondônia. Marinha registrou o pioneirismo do produtor Pedrinho Yokoyam, do município de Pimenta Bueno, que ainda na década de 80 teve ousadia de iniciar uma atividade produtiva de tanta relevância para a economia do Estado. “A semente lançada por este pioneiro nos motivou a assumir esta importante bandeira, que hoje precisa de pesquisa e redução na carga de impostos”, afirmou o parlamentar.

Piscicultura pode ganhar lei

- 4/3/2011
Considerado um dos setores estratégicos no Estado, a piscicultura pode ganhar uma legislação específica no Amazonas. Um projeto de lei, que disciplina a atividade no Estado, de autoria do deputado estadual Chico Preto (PP), será avaliado pelas comissões técnicas da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM).
A partir da lei, os piscicultores serão classificados, de acordo com a sua atividade, assim como os negócios do segmento, conforme a lâmina d'água acumulada.
Serão considerados entre os produtos da piscicultura alevinos para uso próprio ou comercialização, reprodutores e matrizes, peixes vivos e abatidos.
A legislação aborda diversas dinâmicas do segmento amazonense, entre a relação 'piscicultura X meio ambiente'.
O PL, proposto pelo parlamentar amazonense também, aborda questões relacionadas às licenças, cadastros e autorizações necessárias aos piscicultores. O licenciamento ambiental de atividade, por exemplo, será processado junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS/ Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, nas modalidades Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação, devendo o interessado indicar as classificações de sua atividade.

Empresa espanhola pretende investir na piscicultura de Paulo Afonso

Objetivando fomentar a piscicultura no Município, o prefeito Anilton Bastos, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Gilberto Sérgio; o secretário de Serviços Públicos, Petrônio Nogueira e o engenheiro de pesca, Ederlandi Mendonça, estiveram no dia 12/04 visitando a empresa PESCA NOVA , no município de Itacuruba-PE.
A PESCA NOVA é uma empresa pertencente a um grupo espanhol, está entre uma das maiores empresas do mundo no ramo de piscicultura e pretende ampliar suas atividades em nossa cidade, gerando com isso, mais de 500 empregos diretos e indiretos. O prefeito Anilton Bastos não está medindo esforços para que esse empreendimento venha para o município de Paulo Afonso.
A visita faz parte das ações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico na busca de trazer investimentos, não somente para o setor de piscicultura, mas em todas as áreas, garantindo o progresso de nossa região, mais empregos para a população e melhor qualidade de vida para o nosso povo.

Ascom / PMPA

Instituto de Pesca domina técnica de produção do Robalo em cativeiro

Após anos de pesquisa científica, o Instituto de Pesca conseguiu dominar a tecnologia de produção do robalo e da tainha em cativeiro. A técnica foi desenvolvida no Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento de Cananéia pelos pesquisadores Idili da Rocha Oliveira e Pedro Carlos da Silva Serralheiro.
 Agora, o único entrave para a implantação de fazendas marinhas destinadas à criação dessas duas espécies é a falta de um laboratório que produza, em larga escala, as matrizes e as repasse para os interessados em montar as fazendas, como vai acontecer com o beijupirá.
 ‘‘Já poderíamos colocar os tanques-rede no mar. O que falta para nós é um centro de produção de larvas e (peixes) juvenis’’, salienta Idili, que, além de pesquisadora, dirige a unidade do Instituto de Pesca em Cananéia.
 No caso do bijupirá, as matrizes estão sendo produzidas no Laboratório Nacional de Aquicultura Marinha (Lanam), construído pelo Governo Federal e inaugurado em março, em Ilha Comprida, também no extremo sul do Litoral Paulista.
 ‘‘Para que a maricultura se desenvolva é necessário que haja interesse público, que haja um centro de produção de formas jovens que possa distribuir essas matrizes para quem quiser fazer a engorda’’, salienta Idili.
 ‘‘(As empresas, cooperativas e virtuais produtores) não querem produzir (as matrizes) no laboratório, querem o peixe já num tamanho adequado para ir para o tanque. Então, é preciso um centro de produção dessas formas jovens que distribua’’, reforça Pedro Carlos.

REPRODUÇÃO AMPLIADA
 O robalo já vem sendo produzido em cativeiro nos países europeus banhados pelo Mar Mediterrâneo. Uma das razões do sucesso do robalo europeu foi o domínio da técnica que amplia o período de reprodução da espécie. Na natureza, esse período se restringe a três ou quatro meses.
 ‘‘A Europa desenvolveu toda a tecnologia para criação do robalo europeu em dez anos. Lá, o preço diminuiu violentamente’’, resume Pedro Carlos, especializado na larvicultura e reprodução de espécies marinhas. Em Cananéia, o Instituto de Pesca também conseguiu estender esse período de reprodução para os 12 meses, permitindo ao produtor que programe suas entregas ao longo do ano.
Esse avanço é fundamental porque garante aos futuros aquicultores, por exemplo, a capacidade de fornecer o robalo ao comércio mesmo nos períodos do defeso, quando a captura de espécies marinhas fica proibida.
 Para alterar o período reprodutivo artificialmente, os pesquisadores ampliaram o período de exposição dos peixes à luz utilizando lâmpadas.
 ‘‘Controlando o fotoperíodo você pode ter o peixe se reproduzindo em várias épocas do ano. Então, manipulando o ciclo reprodutivo em condições artificiais você pode ter peixes ao longo do ano, como estão fazendo com o robalo europeu’’, reforça Pedro Carlos.

Garoupa e mero são os próximos
 Da Redação
 Além das pesquisas desenvolvidas no extremo sul do Litoral Paulista com o robalo e a tainha, o Instituto de Pesca também trabalha no Litoral Norte para dominar a tecnologia de produção em cativeiro de espécies como o mero, a garoupa e o pampo. Porém, nesses casos ainda falta fechar todo o ciclo de vida dos peixes, ou seja, os pesquisadores já dominam o manejo e a engorda em cativeiro, mas ainda falta desenvolver o processo reprodutivo e a larvicultura em laboratório.
 ‘‘Não estamos inventando a roda. Há milênios o homem já produzia peixes em cativeiro, mas, se a produção na natureza não estivesse restrita, não se estaria pensando na produção em cativeiro’’, resume o veterinário e pesquisador, Pedro Carlos da Silva Serralheiro.
 ‘‘A queda na produção é brutal, o que deve acelerar a demanda por peixes criados em cativeiro. A pesca desqualifica um alimento de alta qualidade. É uma atividade do tempo do homem das cavernas’’, completa Pedro Carlos.
 ‘‘Recebemos consultas de gente de vários estados que quer criar peixe, até do Nordeste. Antes do bijupirá, ligavam sabendo se podíamos fornecer juvenis de robalo ou de qualquer espécie’’, revela Idili da Rocha Oliveira, bióloga e pesquisadora científica do Instituto de Pesca, demonstrando o interesse de empresas e cooperativas na implantação de projetos de maricultura.

Europa já produz peixe em larga escala
Apesar de terem dominado a técnica de produção do robalo, desde a fase larvária até o momento em que o peixe atinge a maturidade e a capacidade de se reproduzir, ainda falta aos técnicos do Instituto de Pesca uma ração adequada ao robalo brasileiro, que tem a cabeça mais curta, é mais alto e mais gordo que o europeu, portanto, tem mais carne.
 ‘‘Na Europa eles têm uma produção enorme porque já conhecem as necessidades nutricionais da espécie, mas não podemos adaptar a ração deles para cá porque lá o ambiente é frio e as exigências nutricionais são diferentes em relação a aminoacidos e lipídios’’, resume o veterinário e pesquisador científico do Instituto de Pesca, Pedro Carlos da Silva Serralheiro.
 Segundo a diretora do Núcleo de Pesquisas e Desenvolvimento de Cananéia, a bióloga Idili da Rocha Oliveira, indústrias de ração estão dispostas a produzir um alimento específico para o robalo, desde que haja demanda.
 ‘‘Várias indústrias estão interessadas, mas para elas entrarem no mercado é preciso escala. Enquanto isso, a gente utiliza o que está disponível no mercado e adapta o que faltar naquela ração’’, revela a diretora do Instituto de Pesca em Cananéia.

Mudança de sexo viabiliza engorda rápida
 Os pesquisadores do Instituto de Pesca também conseguiram dominar a técnica que permite a mudança de sexo entre os robalos sem a utilização de hormônios prejudiciais à saúde humana. Nessa espécie, todos os peixes nascem machos, o que retarda o processo de engorda.
 ‘‘No primeiro ano, eles se desenvolvem como machos. Isso retira a energia da carne para os gametas (células encarregadas da reprodução). No segundo ano, se você conseguir fazer com que eles virem fêmeas, você vende o peixe com mais peso’’, revela o pesquisador científico Pedro Carlos da Silva Serralheiro.
 Assim como ocorre na ampliação do período de reprodução dos robalos, é o tempo de exposição diária à luz que viabiliza a mudança antecipada do sexo nos peixes juvenis.
 Essa técnica é exclusiva do Instituto de Pesca. Na Europa, os especialistas ainda estudam a forma de se acelerar a inversão de sexo no robalo sem indução hormonal.
 ‘‘Na tilápia, a manipulação do sexo com hormônio está eliminada como técnica porque cria problemas para o consumidor’’, resume Idili da Rocha OIiveira, diretora do Instituto em Cananéia.
 Com a antecipação na inversão de sexo, o robalo chega a dois quilos num prazo de dois anos. Sem o manejo adequado e sem uma ração própria ele engorda, em média, 500 gramas por ano. Ou seja, chegaria a um quilo nos mesmos dois anos.
 Segundo os pesquisadores, melhorando o manejo a partir de uma ração adequada, o peixe fica até com a carne mais tenra, no tamanho do prato. ‘‘Se você tem uma produção criada, você estabelece uma renda fixa para o pescador, além de ter um alimento de melhor qualidade porque pode abater o animal no momento em que a carne estiver com a melhor qualidade’’, resume Pedro Carlos.
 ‘‘Quando você cria o animal, tem condições de dar uma melhor conservação do que para aquele peixe que fica dois meses embarcado antes de chegar à mesa do consumidor’’, completa o pesquisador.
 Fonte: Jornal A Tribuna, Mai/2008 (http://atribunadigital.globo.com)
 Da Redação / Nilson Regalado

SEBRAE realiza o curso Técnicas Avançadas em Piscicultura

Evento inicia hoje (15) - 15/04/2011
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, SEBRAE no Piauí realiza o curso de Técnicas Avançadas em Piscicultura, que inicia hoje (15) e prossegue até domingo (17). O curso é voltado para os piscicultores, colaboradores das fazendas de pescado e empreendedores interessados em aprender mais sobre esta atividade. Devido a grande demanda existente, a capacitação se repetirá no próximo mês.
O treinamento será ministrado pelo engenheiro agrônomo e instrutor do SEBRAE no Piauí, João Rodrigues de Azevedo Filho e abordará temas como o manejo e a criação de peixes. A capacitação será composta por aulas teóricas, que acontecem na sede da instituição em Teresina e práticas, que serão realizadas na propriedade rural Tambaqui e Cia, localizada a dez quilômetros da capital.
“A intenção desse curso é aprimorar o conhecimento dos produtores e oferecer informações para aqueles que pretendem iniciar nessa atividade. Serão repassadas noções básicas, que vão nortear a implantação de um projeto de piscicultura ou ajudar na melhoria de um já existente. As pessoas que desejam ter um empreendimento bem sucedido nessa área não devem se ater somente ao curso e sim, buscar outras fontes de informação e conhecimento”, afirma o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do SEBRAE no Piauí, Francisco das Chagas Holanda.
Ainda segundo Holanda “O empreendedor precisa elaborar um plano de negócios, realizar pesquisas de mercado e aprofundar seus conhecimentos, pois só assim conseguirá se sobressair nesta atividade”.
Para o período da semana santa, o SEBRAE no Piauí realizou nas cidades de Teresina, Esperantina, Elesbão Veloso e Piracuruca palestras técnicas repassando aos produtores os cuidados que o criador e o consumidor devem ter com o peixe.
“É importante que o produtor saiba cuidar do peixe que está criando, sempre atento a qualidade da água, temperatura e a alimentação do animal. Na hora da compra, o consumidor não deve deixar de checar se o peixe está com olhos brilhantes, guelras vermelhas e se está armazenado no gelo” afirma gestor do projeto de Desenvolvimento da Piscicultura no Piauí, João Pinheiro Júnior.
O gestor afirma que com as palestras ministradas pelo SEBRAE, os produtores recebem todas as informações necessárias para repassar ao consumidor um peixe de qualidade, garantindo assim boas vendas na semana santa. “Os criadores estão informados dos conhecimentos necessários para a criação de peixes e não devem esquecer-se dos cuidados com o armazenamento e o transporte” finaliza.
 Fonte: Agência Sebrae-PI  |  Editor: Da Redação

HORA DA PISCICULTURA


04/03/2011
Piscicultura é alternativa inteligente e economicamente viável para a produção de carne em escala com redução de impactos ambientais. Esse casamento mais que perfeito foi tema de uma reunião ontem, do governador Silval Barbosa com a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvati, no Palácio Paiaguás.
Até então, Mato Grosso não tem política para a piscicultura. Ainda assim, é o oitavo Estado no ranking da produção de peixes com despesca anual acumulada de 35 mil toneladas. O volume nacional/ano é de um milhão e duzentas mil toneladas.
A quantidade de peixes criados pelos 1.500 piscicultores mato-grossenses poderia ser bem maior se todos tivessem acesso à linha de crédito do Pronaf Peixe. No entanto, por falta de licenciamento ambiental, 1.200 donos de piscicultura são excluídos dos financiamentos. Esse cenário e a necessidade de expansão da atividade trouxeram a ministra a Mato Grosso em busca de solução junto ao governador.
A base da piscicultura são os pequenos piscicultores que desenvolvem a atividade em tanques com até 5 hectares (ha). Sabedora dessa realidade a ministra propôs parceria com Mato Grosso para que o governo estadual passe a outorgar licenciamento ambiental de até 5 ha por CPF ou CNPJ nos moldes do que é feito com sucesso no Acre.
Cristalizada a parceria do Estado com o Ministério da Pesca e a anuência do Ministério de Meio Ambiente por meio do IBAMA, Mato Grosso entraria em nova fase da piscicultura, com os piscicultores sendo contemplados com o Pronaf Peixe, que no exercício em curso tem R$ 14 bilhões para financiar a atividade.
Ideli e Silval estão afinados quanto ao projeto de fortalecimento da piscicultura. Após se reunir com a ministra o governador disse aos jornalistas que o peixe de tanque pode se tornar alternativa alimentar e chegar à mesa do consumidor a preço mais barato que a carne bovina, suína ou de aves.
Para a agricultura familiar a piscicultura é importante atividade; além de assegurar renda, a criação de peixes em tanques contribui para que a família continue morando na zona rural, por exigir dedicação permanente. Explorada por associativismo ou cooperativismo permite a verticalização de sua produção com aproveitamento do couro para fabricação de cintos, bolsas e sapatos e para exportação.
A piscicultura tem um promissor futuro em Mato Grosso e ocupará importante espaço na economia e no equilíbrio social junto a parceleiros da reforma agrária, sitiantes, chacareiros e até mesmo na atividade em escala.
Por mais que cresça a piscicultura não prejudicará os segmentos pecuários da bovinocultura, suinocultura e avicultura, que tem mercados internacionais garantidos e contribuem decisivamente para o desenvolvimento. Seu incremento é importante porque contribui para a abertura de mercado a um segmento da população ainda parcialmente excluída do mercado produtivo.