segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Água de esgoto tratada será reutilizada na criação de peixe

Piauí inova na piscicultura 26 de Janeiro de 2012 - Governo do Estado do Piauí por Rosalina Ferreira Um estudo inédito no Piauí está reutilizando as águas provenientes do esgoto doméstico tratado na criação de peixes. Trata-se da pesquisa “Unidade experimental para o reuso de esgoto doméstico tratado em lagoas de estabilização aplicado na piscicultura”, do engenheiro civil e sanitarista Cleto Augusto Baratta Monteiro, professor do Departamento de Recursos Hídricos do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Piauí. Esse tipo de experiência científica já foi testada em outros estados brasileiros como Ceará e Santa Catarina e até em outros países, em escala comercial, como no caso do Peru, onde se produz toneladas de peixes a partir dos esgotos domésticos tratados. O ineditismo da experiência do professor Cleto Baratta, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela UFPI, é que é feita, pela primeira vez, numa região semi-árida. O estudo é objeto da tese de doutorado em Saneamento Ambiental que o professor Cleto Baratta está concluindo na Universidade Federal do Ceará. “Ao promover a pesquisa, a Agespisa demonstra preocupação com a preservação do equilíbrio ambiental”, opina o professor. A preocupação da companhia de abastecimento não é à toa: se as águas servidas coletadas nas residências de Teresina mesmo depois de tratadas são agressivas para os peixes criados nos tanques, serão agressivas para o rio, para onde são devolvidos os esgotos tratados nas lagoas de estabilização das estações de tratamento da Agespisa. Esses resultados, chamados de bioindicadores, demonstram que os esgotos tratados estão dentro dos padrões internacionais. Foram demonstrados a partir de análises dos tecidos da pele, músculo e brânquias dos peixes. A análise microbiológica é feita para detectar a existência de salmonela, coliformes e estafilococos. A unidade experimental funciona na Estação de Tratamento de Esgoto da Agespisa, localizada no bairro Ininga, zona leste da capital. Os alevinos da espécie Tilápia do Nilo foram adquiridas do DNOCS e são criados em 18 tanques. A pesquisa foi iniciada em dezembro de 2009 e encontra-se na sua terceira versão. Fonte: 180graus

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